domingo, 17 de abril de 2011

18 de abril- Dia Nacional do Livro Infantil

A casa das palavras

As palavras são livres,

Vivem em todo lugar:

Em nossas mentes,

No céu, na terra,

No mar e no ar.

Mas elas também

Têm um lugar para descansar

E ficar protegidas: O LIVRO.

Estar “no livro” é estar na morada das palavras.

E quando nós quisermos visitá-las,

Conversar, rir ou chorar com elas?

Basta abrir a porta do livro...

A porta da casa delas.

Quando abrir o livro,

Elas estarão lá, de braços abertos,

Prontas para nos receber.

E irão nos oferecer _sim, pois são muito educadas:

Realidade, fantasia,

Coisas nunca sonhadas,

E muita, muita poesia.

E quando formos embora

Nos dirão, já com saudade:

_Vá, mas volte a qualquer hora.

(Ana Selma Cunha )

segunda-feira, 26 de julho de 2010


E a aventura continua... Agora aqui fora. ( Os primeiros meses)

Caio André é um presente de Deus em minha vida. A gravidez dele foi super tranquila, sem sustos, graças a Deus! O nascimento foi lindo, lembro de ouvir seu choro - que pulmão! Mas quando a médica trouxe-o para perto de mim e encostou seu rostinho no meu, foi mágico, ele parou de chorar ao tocar minha pele e me ouvir dizer: _Calma filho, mamãe está aqui! Nossa! Que emoção!
Mas voltemos a falar sobre Caio e sua relação com as palavras, isto mesmo, o encontro com as palavras continuou aqui fora, procurei manter nossa rotina de antes: à noitinha, após a mamada das 18:00h pegava um dos livros lidos durante a gravidez e iniciava a leitura, era impressionante ver o quanto ele ficava prestando atenção, quietinho e com o semblante tranquilo, observei que nos primeiros meses o seu livro preferido foi "O príncipe e o mendigo", li e reli este livro várias vezes, depois veio "A casa sonolenta"... Quantas noites de sono foram embalas por esta história.....
Mostrei-lhe também várias vezes um livro de pano confeccionado por minha amiga Andréa Cozzi, livro este que me foi dado no dia em que estávamos realizando o baby chá dele, foi um dia emocionante em que reunimos pessoas queridas para comemorar a sua chegada que se aproximava e todas as vezes que lhe mostrava, lia as mensagens escritas com tinta de tecido colocadas pelos que estavam presentes, talvez isto tenha contribuído para que o Caio tenha uma relação de carinho com meus amigos e amigas.
Depois veio a primeira Feira do Panamazônica Livro, agora com pouco mais de sete meses Caio já pode escolher seus livros e, como é o normal desta fase, as ilustrações bem coloridas e livros-brinquedos como um livro-fantoche, que por ser de plástico, podia até ir para o banho com ele, fora o fato de ter sido bem "devorado" também.
Mas um fato interessante aconteceu algum tempo depois, tínhamos acabado de sair de um laboratório e passamos por uma livraria e na sessão de livros infantis o Caio viu um livro, pegou-o e disse: "esse", coinscidentemente o livro escolhido foi o "Cavaleiro andante", de Celso Sisto um querido amigo escritor e contador de histórias, um livro de imagens as quais geraram diversas histórias e onde vi várias vezes, Caio cavalgá-lo dizendo: -Vai cavalinho! E isto fez-me ver o quanto o livro precisa fazer parte do dia-a-dia de uma criança desde bem cedo pois irá fazer a imaginação brotar e tudo fazendo parte de uma grande brincadeira, uma brincadeira tão gostosa como qualquer outra brincadeira de infância, pois o brincar com o livro é uma gostosura!

quinta-feira, 1 de julho de 2010


As aventuras de Caio André no mundo das palavras ( Na barriga)

Interessante como a palavra pode ser apaixonante e conquistar-nos desde muito cedo, quando digo cedo posso afirmar-lhes que ainda dentro da barriga meu filho demonstrou que seria um bom escutador de histórias.
Quando descobri que estava grávida, passei a ter rituias que acompaharam o desenvolvimento de Caio, o principal deles foi o de ler histórias todas as noites para ele. Foi algo que me propus enquanto uma mãe contadora de histórias que acredita no poder mágico das narrativas.
O cenário: o quarto, a cama e os livros de literatura infantil que me acompanham no ofício de contar histórias. Os personagens: eu e Caio. O contexto: um momento de intimidade total que só acontece entre mãe e filho ainda no ventre. O desfecho: era muito interessante sentir a quietude de meu ventre enquanto contava histórias para o meu filho.
Foram meses de histórias: o príncipe e o mendigo, o lobo e os sete cabritinhos, a casa sonolenta, em fim...tantas histórias! Tantos poemas e canções e eu fui vendo crescer juntos: a barriga e a vontade de chegar a noite e podermos nos entrelaçarmos na teia dos textos e um na vida do outro cada vez mais.
Contar histórias para o meu filho ainda no ventre foi uma experiência mágica, uma brincadeira com a palavra que nos aproximou e nos permitiu sentir a importância da voz, o poder do silêncio e nos proporcionou algo que em nós será eterno.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


Feliz Ano Novo!
Felicidade é o que se
Espera
Logo que o novo ano se
Inicia
Zelar por ela é necessário.

Amor, paz...
Nunca se pede tanto e com tamanha força.
O que se espera:que aconteça.

Novamente sonhar, desejar
Ousar querer de novo.
Voltar ao ponto de partida
Outra vez apenas querer: VIDA!

(Ana Selma Cunha)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

DIÁLOGO DOS TAMBORES

Chama Verequete ooô
Chama Verequete ooô
O que está acontecendo?
Por que ele não responde?

Silêncio, tambores!
Parem todos os curimbós!
Cessem todos os atabaques!
Silêncio no Carimbó!

O rei está morto!
Não ouviremos sua voz forte,
Não veremos sua silhueta esguia,
Teremos agora no céu uma negra estrela guia.

Negra estrela guia...

Não permita que desistamos
Diante do preconceito
Para que sejamos como tu fostes:
Persistente.

Para que sejamos apaixonados
pela cultura,
identidade do povo. Que foi tua luta.

Tambores!

Soem o mais alto que puderem
Façam a Terra tremer!
Não podemos deixar
Do mestre, o ensinamento morrer!

Chama Verequete ooô...
(Ana Selma Cunha-
seguidora da negra estrela guia Verequete)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sonhos e areia


Bater massa

Bater no desânimo

Misturar cimento e areia

Misturando dor e alegria

Não perder a medida da água

Perder água em forma de suor

Bater a massa sem parar

Parar para o almoço

Colocar a massa

Para dentro.

Distribuir

a massa

Afastar

cansaço

levantar

paredes:

erguer

s

o

n

h

o

s

.

(Ana Selma Cunha)